quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Representante dos petroleiros defende eleição entre os trabalhadores para definir alta gerência da PETROBRAS
Sílvio Sinedino
é o representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da
Petrobrás, reunido nesta sexta em São Paulo para escolha da nova direção
da empresa
São Paulo, 06/02/2015
Voto na Escolha da Nova Direção da Petrobrás
A difícil situação por que passa a
Petrobrás deve-se principalmente às indicações políticas, à falta de
caráter e ética de alguns poucos empregados, sem falarmos no papel
criminoso de muitas empreiteiras.
É preciso que a Petrobrás altere sua
prática em várias áreas e, no nosso entendimento, um dos principais
aspectos é exatamente a forma de indicação da sua alta gerência.
As indicações por Partidos Políticos,
como a Polícia Federal e a Justiça vêm demonstrando, acabam cobrando um
alto preço em corrupção e malfeitos.
Assim, os trabalhadores da Petrobrás
anseiam por mudanças e um bom exemplo foi a recente seleção do novo
Diretor de Governança que foi escolhido no mercado, com o que não
concordamos, mas o foi exclusivamente por capacidade técnica e
experiência para a função.
Analogamente, propomos que a seleção da
alta gerência passe a ser feita, internamente, pelos próprios
trabalhadores da Companhia em eleição direta que indique a este Conselho
de Administração uma lista com três nomes para cada cargo, e então
desta lista tríplice o Conselho escolherá o que achar mais adequado para
o cargo.
Com esta nova política reforça-se a
meritocracia na Companhia, ao mesmo tempo em que se dá aos escolhidos a
certeza e a segurança de que não têm nenhuma dívida a pagar a qualquer
patrocinador da sua indicação.
Que não se classifique a proposta como
exótica, pois já é aplicada regularmente, sem quaisquer problemas, na
Procuradoria Geral da República, nas Universidades Federais, na
Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro e na FIOCRUZ, entre
outros órgãos.
Assim, nosso voto é contrário aos nomes
propostos, não pelo mérito pessoal dos indicados, mas, como já
argumentamos, pela forma da indicação sem consulta aos trabalhadores e
trabalhadoras da Petrobrás.
Aproveito a oportunidade para registrar
junto a este Conselho, e à nova Direção, a necessidade URGENTE da
Petrobrás, em função da sua responsabilidade social, rever suas recentes
decisões de suspensão de obras que estão deixando desempregados dezenas
de milhares de trabalhadores humildes.
Isso gera, como no caso do COMPERJ onde
muitos trabalhadores não recebem salário desde novembro de 2014,
situações graves de pré-conflito social que podem ter consequências
irreparáveis e às quais a Petrobrás, pela sua própria história de
criação, não pode fechar os olhos.
Assim voto e peço a transcrição da íntegra desse voto em Ata!
Silvio Sinedino.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Cinco coisas que nunca agradecemos à União Soviética
Retirado do site Outras Palavras
Embora fracassado, projeto socialista do século 20 alcançou êxitos parciais de grande relevância. Entre eles, reconhecimento dos direitos da mulher e vitória contra nazismo
Por Aanchal Anand, no Mundo Alternativo
1 – Direitos da Mulher: Enquanto algumas ilhas haviam concedido para as mulheres o direito ao voto já no século XIX, a primeira grande mudança ocorreu no começo do século XX. No ano de 1917, somente quatro países (Austrália, Finlândia, Noruega e Dinamarca) haviam adotado o sufrágio feminino. A Revolução Russa de 1917, que defendeu a igualdade de direitos para todos, difundiu o temor de que as feministas encontrassem no comunismo um sistema mais atrativo, e puderam conspirar junto com os bolcheviques para importar a ideologia nos países ocidentais. A melhor forma de cortar a raiz semelhante ameaça era conceder as mulheres o direito ao voto. A Grã Bretanha e a Alemanha legalizaram em 1918, e os EUA em 1920, outros logo tomariam o mesmo caminho. A França foi a única potência que não reconheceria esse direito até 1944.
2 – Legislação Trabalhista: Isso é bastante óbvio. Contamos com uma semana trabalhista de 5 dias, férias pagas de 2 a 4 semanas, licença maternidade, assistência de saúde, além de equipamentos de segurança para os operários, etc… Pela pressão que exerceu o comunismo sobre o capitalismo. Nunca conseguimos ver a face humana do comunismo, mas graças a URSS, foi possível ter tido a noção do lado mais humanitário frente ao capitalismo.
3 – A Segunda Guerra Mundial e a reconstrução depois da vitória: A URSS desempenhou um papel fundamental na derrota da Alemanha nazista. Stalingrado é o famoso campo de batalha que conseguiu dar trégua na guerra relâmpago (“Blitzkrieg”) e mudou o desenvolvimento da guerra. A URSS sofreu a perca de 23,4 milhões de pessoas (mais que na Alemanha e mais de 26 vezes o número de mortes que sofreram os Estados Unidos e o Reino Unido juntos). Uma vez concluída a guerra, foi desenhado o Plano Marshall devido que os países aliados do Ocidente não queriam que a Europa fosse sucumbida pelo socialismo, com a velha desculpa de que os habitantes de cada país seriam submetidos pela “doutrina da fome e da desolação”. Contudo, o Plano foi desenvolvido somente sob a condição de que os comunistas fossem excluídos dos parlamentos dos países que recebiam ajuda. Claro “exemplo de democracia”.
4 – O caminho anti-colonial: Enquanto o imperialismo alimentava a maquinaria industrial e capitalista, a URSS defendia a causa das colônias exploradas. Estendeu sua ajuda aos países que lutavam pela sua libertação e aos países que recentemente haviam conseguido sua independência. As inclinações soviéticas pela luta libertadora na Índia não são um segredo para ninguém, para um país pobre que lutava para se manter em pé, a ideologia socialista resultava naturalmente atrativa.
5 – Descobrimentos científicos: Os primeiros soviéticos lançaram o primeiro satélite, logo enviaram o primeiro cachorro, o primeiro homem e a primeira mulher ao espaço. Também desenvolveram diversos desenhos televisivos. Para resumir, não havia um Tata Sky (sistema de difusão direta pelo satélite) senão fosse pela magia soviética. Além do mais, os soviéticos também tiveram o êxito de terem criado órgãos artificiais, o primeiro helicóptero, a xerografia e também o mais famoso e célebre fúsil AK-47.
Aqui estão apenas cinco coisas a agradecer a URSS, mas poderiam selecionar outras muitas coisas como a alfabetização universal, a luta contra o fanatismo religioso e nacional, a elevação do nível de vida da classe trabalhadora, o advento da arte e da cultura e vários outros exemplos.
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