sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

"enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa"


Recebi por e-mail:
O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para a sua resposta:
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado
Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou
de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.
Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.
Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

65 anos da libertação de Auschwitz


27 de janeiro de 1945(sábado), o exército vermelho em sua campanha para derrotar o nazismo encontrava na Polônia o campo de concentração de Auschwitz libertando 7.500 pessoas - homens, mulheres e crianças – que deixaram objetos como óculos, dentaduras, brinquedos e até cabelos que eram usados pelos nazistas como obra-prima para fabricação de tecidos. Foram encontrados nos armazéns mais de um milhão de ternos e tecidos além de mais de oito toneladas de cabelo.
Calcula-se que mais de 1,1 milhão de pessoas, em sua maioria judeus, morreram em Auschwitz e no campo anexo, Birkenau, em consequência das surras, nas câmaras de gás Zyklon B, de fome, e do esgotamento e das doenças.
O complexo mortífero formado por Auschwitz-Birkenau foi transformado em museu em 1947. No museu podem ser vistos os objetos usados pelos prisioneiros e as salas onde ocorriam a cremação dos prisioneiros. Em 26 de janeiro de 2007, as Nações Unidas decidiram condenar qualquer negação ao Holocausto com a criação do dia 27 de janeiro como Dia Internacional em Lembrança das Vítimas deste genocídio além de declarar o local como patrimônio da Humanidade.
No dia de hoje, 65 anos depois da libertação feita pelos soviéticos, foi realizado um memorial no local para lembrar as vítimas do holocausto. No museu ainda são guardados os objetos dos prisioneiros como prova do genocídio. No ato estiveram presentes 150 sobreviventes que foram homenageados.
Passados 65 anos ainda há muita polêmica sobre esse assunto, sem querer e sem muito trabalho já encontrei artigo que contesta a existência de câmara de gás em Auschwistz e o próprio número de mortos divulgados pelo museu.
Bem... o fato é que a história é contada pela visão da classe dominante e pode-se até admitir que para benefício de alguns até mesmo a triste memória do holocausto seja usada para fins político e financeiros, no entanto ninguém pode negar a existência de tal ato brutal que era dirigido pela burguesia alemã tendo como fantoche lunático a pessoa de Hitler.

domingo, 24 de janeiro de 2010

PRESTAÇÃO DE CONTAS

Os pouqíssimos leitores deste blog, quero dizer, as duas únicas leitoras deste blog, se é que ainda estão lendo, devem ter percebido que ultimamente tenho escrito muito pouco.
Sou assim, escrevo quando dá vontade. Recebi por e-mail esse texto de Eduardo Galeno sobre o Haiti e não poderia deixá-lo somente na minha caixa de mensagem. Quem sabe através dele surjam outros leitores do verbaLIRAndo!?
E pra quem não conhece Eduardo Galeno é só dar uma olhada na wikipédia:http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Galeano.
BOA LEITURA!!!

Eduardo Galeano: A história do Haiti é a história do racismo


A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do Haiti e que tivera a louca ideia de querer um país menos injusto.

O voto e o veto

Para apagar as pegadas da participação estadunidense na ditadura sangrenta do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito nem sequer com um voto.

Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe:

– Recite a lição. E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

O álibi demográfico

Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Mal chegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o embaixador da Alemanha explicou-lhe, em Porto Príncipe, qual é o problema:

– Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode.

E riu. Os deputados calaram-se. Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilômetro quadrado.

Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado... de artistas.

Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.

A tradição racista

Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do Citybank e abolir o artigo constitucional que proibia vender as plantations aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis pela invasão, William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses".

O Haiti fora a pérola da coroa, a colônia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e sobretudo uma alma boa, num corpo inteiramente negro".

Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam pela sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: "Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos". Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro "pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras".

A humilhação imperdoável

Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca. O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos haviam conquistado antes a sua independência, mas tinha meio milhão de escravos a trabalhar nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores.

A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém lhe comprava, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia.

O delito da dignidade

Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem de firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar havia podido reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma ideia que não havia ocorrido ao Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra.

Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da guerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis. Por essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indenização gigantesca, a modo de perdão por haver cometido o delito da dignidade.

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

ISSO É UMA VERGONHA!

Esta frase tão conhecida por todos que assistem ao jornal apresentado pelo ultra-reacionário Bóris Casoy representa o sentimento de todos que reconhecem o belo trabalho realizado pelos garis em nosso país. E aqui vai a charge de Latuff que mostra o sentimento dessa categoria ao que foi dito em rede nacional.

Metrô em João Pessoa!?


Durante a semana o governo do estado anunciou fazer estudos sobre implantação de metrô na cidade de João Pessoa integrando com as cidades da região metropolitana (provinciana). Falou-se até de um projeto que já estaria sendo encaminhado ao governo federal para custeio deste grandioso investimento.
Aparentemente não passa estratégia puramente eleitoreira do governador do estado que sabe que para vencer as eleições que se aproximam precisará de bastantes votos em João Pessoa e em toda a região que abrange as cidades de Santa Rita, Bayeux, Cabedelo e Conde.
Essa história de metrô não é nova e talvez grande parte das pessoas tenham se esquecido de quem já havia falado sobre isso há alguns anos atrás. O ex-deputado federal Avenzoar Arruda, quando então candidato a prefeito da cidade de João Pessoa no ano de 2004 anunciou nos seus guias eleitorais como proposta de governo a implantação de um metrô de superfície, aliando essa proposta a imagem de Lula, já que em sua visão quem bancaria o projeto seria o governo federal. Sendo Avenzoar, do PT, do mesmo Partido do presidente, ficaria mais fácil conseguir os recursos.
Na época essa proposta foi vista como loucura, sendo ridicularizada e até rebatida pelo atual prefeito Ricardo Coutinho, que nesse momento disputava pela primeira vez a prefeitura contra o candidato da situação e do continuísmo do PSDB, Ruy Carneiro, que tinha como principal slogan de campanha “é João Pessoa maior”, fazendo referência a necessidade da cidade se adequar ao crescimento da população que chegaria com facilidade nos 1 milhão de habitantes.
No meio de tudo isso, mais uma vez está o povo, que pela ignorância política é levado a crer pelos governantes que esse e outros projetos são viáveis à medida que lhes interessam. Na época não interessava ao Ricardo Coutinho (PSB) e pelo que se tem visto nunca foi interesse da prefeitura a elaboração de um projeto como esse, alegando que João Pessoa não suportaria algo do tipo por questões estruturais do próprio tamanho da cidade. Maranhão (PMDB), atual governador e pré candidato as eleições desse ano, parece lançar este tipo de projeto por puro interesse eleitoral. Não mudando em nada com o seu antecessor que foi cassado, Cássio da Cunha Lima (PSDB), que fez promessa na última campanha de construir a integração dos transportes intermunicipais e o Centro de Convenções que nunca saíram do papel em seu governo.
Aliado a vontade política ainda existe o poderio econômico das empresas de transporte coletivo de João Pessoa, que se acham os verdadeiros sabedores do transporte público. A eles com certeza não interessa um projeto como esse, afinal, poderia diminuir a quantidade de passageiros nos ônibus, principalmente quando se fala da região “provinciana”.
É esperar para ver se este anúncio do governo foi só balela eleitoreira ou se tem de fato vontade política real de materializar este projeto.
Esperar, ou então tomar o rumo da história, pois como diz a música: “quem espera nunca alcança”.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

MANCHETE NACIONAL


A Paraíba virou manchete nacional no dia de ontem. É que o secretário de segurança pública, Gustavo Gominho, confirmou o que todo o Estado sabe: a existência de grupos de extermínio.
A notícia divulgada em entrevista coletiva causou repercussão nacional. O fato é: infelizmente não se trata de nenhuma novidade, a pergunta que se faz é se haverá uma investigação conseqüente desses grupos. Afinal, o próprio secretário afirmou que há envolvimento de policiais militares e civis que “vai de soldados a coronel”.
O deputado federal Luiz Couto, que há anos denuncia a existência desses grupos, avisa que o número de 40 policiais que serão investigados pelo Estado está muito aquém da realidade. “O número na verdade é muito maior. Quarenta policiais não representam nem o início do verdadeiro problema”, prosseguiu, avisando que a questão só será resolvida quando todo o esquema for desmantelado, com a prisão de mandantes, financiadores e protetores.
Sábias palavras!

domingo, 3 de janeiro de 2010

“...não vale a pena reabrir essas velhas feridas”


“A anistia foi a pedra de toque da transição da ditadura para a democracia e acredito que isto é um pacto político e como tal não vale a pena reabrir essas velhas feridas”. Esta foi a afirmação do Deputado Federal Raul Jungmann (PPS-PE) acerca da polêmica criada há dias atrás por conta do decreto presidencial de autoria do secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, criando a Comissão Nacional da Verdade.
A polêmica foi gerada entre os militares que através dos seus generais, representantes das Forças Armadas, juntamente com o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, pediram demissão por estarem contrariados com o decreto.
Para eles, o decreto ao criar uma comissão que pode rever leis do período de 1964 a 1984 pode possibilitar a revogação da Lei da Anistia de 1979. A Lei da Anistia perdoou todos os que cometeram crimes praticados por motivação política durante o regime militar. Isso valeu tanto para militantes de esquerda como para agentes da repressão.
Fica evidente qual a grande preocupação dos generais. No entanto, com certeza não é a intenção de ninguém “reabrir feridas”, afinal, as feridas foram enormes e mesmo que se queira não podem ser esquecidas e ainda continuam abertas. Afinal, milhares de brasileiros foram torturados e assassinados pelo único motivo de lutarem por um país livre e democrático e ainda é mais de 400 o número (oficial) de desaparecidos da época da Ditadura por motivação política.
Essa polêmica está longe de ser resolvida. Apesar do esforço feito pelo presidente Lula em apaziguar os ânimos e garantir aos militares que iria rever o decreto. Essa atitude retarda, mais não resolve o problema que o Brasil precisa resolver se de fato quer consolidar sua democracia.
É uma história da qual se tenta esconder e que ao esconder impede a consolidação de uma democracia que impeça de uma vez por todas o retorno a esse bárbaro período.

Não me surpreende!

Não me surpreende as palavras de um verdadeiro dinossauro ultra-reacionário: http://www.youtube.com/watch?v=U6SFqhYVmaE&feature=related.
Aos trabalhadores da Limpeza Urbana do nosso país, e a toda a classe operária que põe o país para andar, meus sinceros desejos de felicidade e de prosperidade na luta por um Brasil soberano e socialista!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

VIVA FIDEL!!!


Foi impossível conter um grito de saudação ao comandante Fidel na virada deste ano.
Ao ritmo empolgante de Buena Vista Social Club milhares de pessoas mais uma vez se concentraram no Busto de Tamandaré aguardando o início do ano de 2010.
Desta vez a festa teve um gostinho particular. Além do ritmo próprio da música latina intercalada com o toque de alguns boleros, era impossível conter a emoção de estar assistindo a um show de verdadeiros cubanos.
É sempre marcante a presença cubana, seja pela sua energia, pela juventude e principalmente pelo seu patriotismo. Na noite de ontem foram distribuídas algumas bandeiras cubanas que tremularam nas areias de Cabo Branco.
Assim, com uma saudação de Viva Fidel espero que este ano seja uma ano especial que possa ser o reflexo do que vi no show deste belo grupo: juventude, emoção e patriotismo (não o patriotismo falsificado pela copa ou coisa do tipo, mas o patriotismo por um Brasil melhor e sem exploração do homem pelo homem).