Em homenagem ao grande líder da União Soviética e dos trabalhadores de todo o mundo transcrevo um artigo para aqueles que queiram conhecer a versão da história que não está contida nos livros editados pela burguesia imperialista.
Viva Stálin!
Josef Stálin – O Pai dos Povos
Jossif Vissarionóvich Dzugasvili Stálin nasceu em 21 de dezembro
de 1879 em Gori, província de Tífilis, Geórgia, região da Transcaucásia.
Seu pai, Vissarion Ivanovich era filho de camponês pobre, tornou-se
sapateiro autônomo e, depois, operário de uma fábrica de calçados. Sua
mãe, Catarina Gueorguievna, filha de servo (camponês pobre).
A Rússia era o país mais atrasado da Europa, tinha como base a
agricultura caracterizada pelo latifúndio e regime de servidão. Mas nas
últimas décadas, o capitalismo avançava, lutas operárias vinham
acontecendo, formando-se um campo fértil às idéias revolucionárias.
Círculos clandestinos para estudo e divulgação do marxismo foram
formados por intelectuais. O desafio era como fundir a teoria marxista
com o movimento operário, o que foi conseguido por Lênin (V. A Verdade,
nº 49), com a União de Luta pela Emancipação da classe operária de São
Petersburgo. Em 1898 fundou-se o Partido Operário Social-Democrata da
Rússia ( POSDR).
No seminário de Tífilis, Stálin conheceu a literatura marxista,
entrou em contato com grupos ilegais, organizou um círculo de estudos e
ingressou no POSDR no ano de sua fundação, sendo expulso do seminário no
ano seguinte, em razão de suas atividades.
A partir de então, dedicou-se inteiramente à atividade
revolucionária, editando publicações clandestinas, redigindo textos e
artigos e fazendo a propaganda do marxismo entre os operários.
O lutador e o dirigente
No
levante operário de 1905, as divergências dentro do PSODR se
clarificaram: de um lado, os mencheviques, defendendo meios pacíficos de
luta e, de outro, os bolcheviques que propunham transformar a greve
operária em insurreição armada. Stálin defendeu esta posição firmemente
na Primeira Conferência Bolchevista de toda a Rússia, ocasião em que se
encontrou com Lênin pela primeira vez e, juntos, redigiram as resoluções
do Encontro. A insurreição aconteceu em dezembro de 1905 e foi
derrotada.
Stálin redobrou o trabalho de base, concentrando suas atividades na
região petrolífera de Baku: “Dois anos de atividade revolucionária entre
os operários da indústria petrolífera temperaram-me como lutador e como
dirigente. Conheci pela primeira vez o que significava dirigir grandes
massas operárias”.
Em 1912, na Conferência de Praga (Checoslováquia), dada a
impossibilidade de realizá-la na Rússia, os bolcheviques decidem
organizar-se em partido independente, afastando completamente os
mencheviques e adotando o nome POSDR (b), isto é, bolcheviques. Stálin
estava na prisão, de onde fugiu pouco depois, participando com Lênin da
criação do PRAVDA (A Verdade). Indicado para dirigir o grupo bolchevique
na Duma (parlamento russo), foi detido mais uma vez e enviado para
longínqua cidade da Sibéria, de onde só sairia com a revolução
(burguesa) de fevereiro de 1917.
A jornada de luta dos operários, que acontecia desde o início do ano
de 1917, se amplia e obtém a adesão de um grande número de soldados
sublevados em razão das precárias condições em que enfrentavam os
alemães (1ª guerra mundial). A insurreição culmina com a derrubada do
czarismo e constituição de um governo burguês, provisório. Livre,
Stálin se desloca para Petrogrado e no dia 16 de abril está à frente de
uma delegação operária, recebendo Lênin (retornava do exílio) na estação
Finlândia. Uma semana depois, realizou-se a sétima Conferência e ele
foi eleito para o birô político do Partido Bolchevique.
Organizam-se os soviets (conselhos) de operários, camponeses e
soldados, que em pouco tempo instauram uma situação de dualidade de
poder. Lênin propõe a passagem da revolução democrático-burguesa para a
revolução socialista e em julho/agosto realiza-se o II Congresso do
Partido. Al-guns delegados defenderam que não era o momento para esse
salto, por falta de apoio dos camponeses ou mesmo porque só era possível
construir o socialismo com a vitória da revolução nos países euro-
peus. Stálin pronunciou: “ …É necessário desprezar essa idéia caduca de
que só a Europa pode nos indicar o caminho. Há um marxismo dogmático e
um marxismo criador. Eu me situo no terreno do segundo”. Esta era também
a visão de Lênin e da esmagadora maioria dos bolcheviques, o que tornou
possível a revolução socialista de outubro.
Stalin esteve à frente de todos os preparativos para a insurreição e
integrou o grupo que conduziu o Comitê Militar Revolucionário. O levante
começou no dia 6 de novembro, à noite. No dia 7, rapidamente, as
tropas revolucionárias tomaram os principais pontos de Petrogrado e o
Palácio de Inverno, onde se tinha refugiado o governo provisório. Quando
o II Congresso dos Soviets se instalou naquele mesmo dia, proclamou: “…
apoiando-se na vontade da imensa maioria dos operários, soldados e
camponeses e na insurreição triunfante levada a cabo pelos operários e a
guarnição de Petrogrado, o Congresso toma em suas mãos o poder”.
No período de 1917 a 1924, Stálin atua ao lado de Lênin na condução
do Partido e dos negócios do Estado. Durante a guerra
contra-revolucionária desencadeada pela burguesia e pelos latifundiários
russos, e pelos exércitos de uma dezena de potências estrangeiras,
destacou-se como estrategista militar, principalmente nas frentes onde
havia insegurança ou indisciplina. Sempre envolvendo a massa popular da
região, Stálin conseguia debelar o foco do problema e devolver a
confiança e o ânimo às tropas vermelhas que voltavam a obter êxitos.
Transformando o sonho em realidade
Em
(1922), no XI Congresso, Stálin, que sempre esteve ao lado de Lênin,
foi eleito para o cargo de secretário-geral e assumiu a tarefa de
organizar a união livre e voluntária dos povos, vindo a constituir a
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Com o agravamento da
saúde de Lênin, Stálin assumiu a direção do XII Congresso, propugnando o
combate à tendência de retorno ao capitalismo, por má interpretação da
Nova Política Econômica ( NEP) em alguns setores da economia e propôs um
programa que acabasse com a desigualdade econômica e cultural entre os
povos da URSS.
Lênin faleceu no dia 21 de janeiro de 1924. No XIV Congresso (1925),
definiu-se como caminho para fortalecer o socialismo na URSS:
“Transformar nosso país, de um país agrário num país industrial, capaz
de produzir com seus próprios meios, as máquinas e ferramentas
necessárias”. Não havia unanimidade quanto a essa estratégia, à qual se
opunham os dirigentes Kamenev e Zinoviev, que propunham maior
fortalecimento da agricultura e um ritmo de crescimento industrial mais
lento. Trostki também se opunha, argumentando que Stalin estava
desviando energias para o desenvolvimento econômico interno, em vez de
canalizá-la para a revolução proletária mundial. Na concepção de
Stálin, a melhor forma de contribuir com a revolução mundial, de
fortalecer o internacionalismo proletário, seria fortalecendo o
socialismo na URSS.
Para implementar a industrialização, a URSS só podia contar com as
próprias forças. Havia de contar com o entusiasmo da classe trabalhadora
e eliminar ideológica e organicamente os setores que se opunham à
aplicação das resoluções do Congresso. “Não se podia alcançar a
industrialização sem a destruição ideológica e orgânica do bloco
trotskista-zinovievista” ( Stálin, Instituto Mel).
A luta contra os kulaks e os restauradores do capitalismo
O XV Congresso realizado em 1927 constatou os êxitos da
industrialização. Stálin ressaltou que era necessário avançar, superando
o único obstáculo existente ainda, o atraso na agricultura e indicou a
solução: “passagem das explorações camponesas dispersas para grandes
explorações unificadas sobre a base do cultivo comum da terra com
técnica nova e mais elevada”. Destacou que essa agrupação deveria se dar
pelo exemplo e pelo convencimento, não pela coerção dos pequenos e
médios agricultores.
A
Revolução de 1917 havia eliminado o latifúndio, transformando-o em
sovkozes (fazendas estatais) e incentivava os pequenos camponeses a se
organizarem em cooperativas, os kolkhozes. Agora, tratava-se de
intensificar essa campanha e de neutralizar os camponeses ricos
(kulaks), setor que se fortalecera durante a Nova Política Econômica
(NEP).
Dentro do Partido, um grupo liderado por Bukharin, Rikov e Tomski se
opôs à repressão aos kulaks, defendendo um processo gradual e pacífico
de coletivização da terra. Stálin avaliava que o grupo pretendia na
verdade restaurar o capitalismo e agia como agentes dos camponeses ricos
e promoveu “o esmagamento dos capitulacionistas”. Em 1927, em
comemoração ao XII aniversário da Revolução, escreveu: “O ano
transcorrido foi o ano da grande virada em todas as frentes de
edificação socialista”. Com a liquidação dos kulaks, procedeu-se à
coletivização total do campo. Stálin criticou excessos praticados em
alguns lugares onde se impuseram medidas para as quais os camponeses não
estavam preparados e ensinou aos militantes: “…não se pode ficar à
retaguarda do movimento, já que retardar-se significa afastar-se das
massas, mas tampouco deve-se adiantar, já que isto significa perder os
laços com as massas” (J. Stálin, Problemas do Leninismo).
Com base nos resultados alcançados, o informe dado por Stálin no XVI
Congresso (1930) afirmou: “nosso país entrou no período do socialismo”. O
congresso aprovou o primeiro plano qüinqüenal, cuja meta era a
reconstrução de todos os ramos da economia com base na técnica moderna.
Eis o balanço apresentado por Stálin no XVII Congresso (1934):
“…Triunfou a política de industrialização, da coletivização total da
agricultura, da liquidação dos Kulaks, triunfou a possibilidade de
construção do socialismo num só país”. É lançado o segundo plano
qüinqüenal, que prevê realizações em todos os ramos da economia e nos
campos da cultura, das ciências, da educação pública e da luta
ideológica.
Em quatro anos e três meses, o plano estava cumprido. Afigurava-se agora
a necessidade de uma revolução cultural no sentido de capacitar quadros
oriundos do proletariado para que dominassem a técnica e assumissem
funções de direção no governo soviético. A partir do apelo de Stálin,
surge o movimento stakanovista “ iniciado na bacia do Donets, na
indústria do carvão, se espalhou por todo o país. Dezenas e centenas de
milhares de heróis do trabalho deram exemplo de como se devia assimilar a
técnica e conseguir aumentar a produtividade socialista do trabalho na
indústria, na agricultura e no transporte”. (Stalin, Instituto Mel).
Em 1936, o XVIII Congresso dos sovietes aprovou a nova constituição
da URSS, a constituição do socialismo, garantindo não apenas liberdades
formais como as constituições burguesas, mas “amplíssimos direitos e
liberdades aos trabalhadores, material e economicamente, assegurados por
todo o sistema da economia socialista que não conhece as crises, a
anarquia nem o desemprego”.
O XVIII Congresso ocorreu em 1939. Enquanto os soviéticos comemoravam
êxitos, os países capitalistas viviam profunda crise e Hitler já
ocupava as nações vizinhas da Alemanha. Em relação à política externa, o
congresso aprovou a orientação de Stálin no sentido de se continuar
aplicando a política de paz e de fortalecimento das relações com todos
os países, não permitindo que a URSS seja arrastada a conflitos por
provocadores.
Em nível interno, a tarefa lançada foi a de ultrapassar nos 10 ou 15
anos seguintes os países capitalistas no terreno econômico. No seu
informe ao XVIII Congresso, Stálin concluía que “É possível construir o
comunismo em nosso país, mesmo no caso de se manter o cerco
capitalista”.
Comandando a guerra contra Hitler e o nazifascismo
O ano de 1940 registrou um aumento sem precedentes da produção na
URSS e em 1941, quando o povo soviético se preparava para comemorar
novas vitórias, Hitler rompeu o pacto e invadiu o território socialista.
Para centralizar a defesa e coordenar a luta de libertação nacional, o
Conselho de Comissários do Povo criou o Comitê de Defesa do Estado,
nomeando Stálin seu presidente. O povo respondeu com toda disposição e
os invasores, que acreditavam dominar a URSS em dois meses,
fracassaram. Em 1944, se retiravam humilhados.
“Para
Berlim!”, bradou Stálin, e o Exército Comunista foi libertando do jugo
capitalista os países da Europa Oriental, até erguer a Bandeira Vermelha
na capital alemã no dia 9 de maio de 1945.
A URSS foi o país que mais sofreu com a agressão nazista, tanto em
perdas econômicas quanto em humanas, mas, poucos anos depois, já se
recuperava e alcançava os níveis anteriores de produção na indústria e
na agricultura, apesar da guerra fria (corrida armamentista, boicote
econômico) lançada pelas potências capitalistas, especialmente os EUA,
rompendo o acordo assinado na conferência de Ialta que resultara na
criação da ONU.
No dia 5 de março de 1953, morreu Stálin, deixando uma lacuna jamais
preenchida na URSS e enlutando também o movimento comunista em todo o
mundo. Em toda a União Soviética, os operários fizeram cinco minutos de
silêncio e em Moscou, 4 milhões e meio de pessoas acompanharam o
enterro do seu herói e líder. Também, em vários países os operários
pararam para se despedir de Stálin.
Sobre uma infinidade de acusações lançadas sobre Stálin pela
burguesia mundial e pelos dirigentes russos após o XX Congresso do PCUS,
fala o genial arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer: “Foi tudo invenção
capitalista”.
Retirado do Jornal A Verdade, nº 51
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