segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Fidel Castro está agonizando

Bastou uma mensagem aos formandos do primeiro curso do Instituto de Ciências Médicas “Victoria de Girón”, para que o galinheiro da propaganda imperialista se alvoroçasse e as agências informativas se lançassem com infâmia voraz para as mentiras. Não só isso, mas em suas notícias adicionaram ao paciente as mais absurdas estupidezes.

Por Fidel Castro, no CubaDebate

Foto: Alex Castro

Fidel exibe o jornal O Gramma do dia 19 de outubro

O jornal ABC da Espanha publicou que um médico venezuelano radicado em ninguém sabe onde, revelou que Castro sofreu um derrame na artéria cerebral direita, “posso dizer que não voltaremos a vê-lo publicamente”. O suposto médico, que se é abandonaria primeiro seus próprios compatriotas, qualificou o estado de saúde de Castro como “muito perto do estado neurovegetal”.

Apesar de muitas pessoas no mundo serem enganados pelos meios de comunicação de massa — quase todos em mãos dos privilegiados e ricos, que publicam estupidezes — os povos acreditam cada vez menos neles. Ninguém gosta de ser enganado; até o mais incorrigível mentiroso espera que lhe digam a verdade. Todo mundo acreditou em abril de 1961, nas informações publicadas pelas agências de notícias, que os invasores mercenários de Girón e ou Baía dos Porcos, como quiserem chamar, estavam chegando a Habana, quando na realidade alguns deles tentavam chegar infrutiferamente em botes até os navios de guerra ianques que os escoltavam.

Os povos aprendem e a resistência cresce diante da crise capitalista que se repete cada vez com maior frequência; nenhuma mentira, repressão ou armas novas, poderão impedir a queda de um sistema de produção crescentemente desigual e injusto.

Há alguns dias, perto do 50º aniversario da “Crise de outubro”, as agências indicaram três culpáveis; Kennedy, um recém-chegado à liderança do império, Khrushchev y Castro. Cuba não tinha nada a ver com armas nucleares, nem com a matança desnecessária de Hiroshima e Nagasaki, perpetrada pelo presidente dos Estados Unidos, Harry S. Truman, que institui a tirania das armas nucleares. Cuba defendia seu direito à independência e à justiça social.

Quando aceitamos a ajuda soviética de armas, petróleo, alimentos e outros recursos, foi para nos defender dos planos ianques de invadir a nossa Pátria, submetida a uma suja e sangrenta guerra que este país capitalista nos impôs desde os primeiros meses, a custo de milhares de vidas e mutilados cubanos.

Quando Khrushchev propôs instalar mísseis de médio alcance semelhante aos que os Estados Unidos tinham na Turquia — ainda mais perto da URSS que Cuba dos Estados Unidos — como uma necessidade solidária, Cuba não vacilou em aceitar tal risco. Nossa conduta foi eticamente irrepreensível. Nunca pediremos desculpa a ninguém pelo que fizemos. O certo é que transcorreu meio século e ainda continuamos de cabeça erguida.

Gosto de escrever e escrevo; gosto de estudar e estudo. Há muitas tarefas na área dos conhecimentos. Nunca as ciências, por exemplo, avançaram em tão surpreendente velocidade.

Deixei de publicar Reflexões porque certamente não é meu papel ocupar as páginas da nossa imprensa, consagrada em outras tarefas em que o país precisa.

Aves de mau agouro! Não lembro sequer o que é uma dor de cabeça. Como evidência de quão mentirosos são, os presenteio com as fotos que acompanham este artigo.

Fidel Castro Ruz

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