terça-feira, 13 de julho de 2010

Entrevista a UNE

1. Qual a sua trajetória política? Participou do movimento estudantil? O que faz hoje?

Minha militância política teve início aos 16 anos de idade quando ingressei na União da Juventude Rebelião e posteriormente no Partido Comunista Revolucionário tendo atuação firme no movimento estudantil a partir do CEFET-PB (hoje IEFPB). A partir daí cheguei a ser presidente da Associação Pessoense dos Estudantes Secundarista – APES e posteriormente da Associação Paraibana dos Estudantes Secundaristas. Uma participação ativa no M.E que me levou a ser eleito por duas vezes vice-paraíba da UBES.

Foram 7 anos a frente do M.E no estado tendo participado de lutas fundamentais da juventude como a luta por uma educação pública gratuita e de qualidade, contra os constantes aumentos de passagens assim como a luta pelo passe livre.

Hoje com, 24 anos de idade, estou a frente da Coordenação Estadual do Movimento Luta de Classes, movimento que esteve a frente em março deste ano, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana, o qual acompanho em seus 8 anos de existência, da greve de 4 dias da Limpeza Urbana na região metropolitana de João Pessoa, onde fui uma das principais lideranças do movimento grevista que dobrou a intransigência dos patrões desse setor.

2. O que o levou a disputar um cargo legislativo?

Essa decisão não foi apenas uma decisão individual. Na verdade, junto comigo estão os companheiros da brava União da Juventude Rebelião, que está completando 15 anos de existência, e do Partido Comunista Revolucionário que, depositaram em mim a confiança de representá-los na Assembléia Legislativa da Paraíba para que possamos servir de instrumento de luta das massas trabalhadoras do estado por suas reivindicações mais imediatas elevando ao máximo o grau de consciência e de mobilização dos trabalhadores e da juventude para derrubar revolucionariamente o poder dos ricos e construir o poder popular e o socialismo.

3. Parece que nesta campanha o eleitorado está muito atento a essa questão da renovação na política. Acredita que ser jovem pode influenciar de alguma maneira no resultado da sua candidatura?

Claro que sim. Na Paraíba em especial o eleitorado jovem representa 9% do total, ou seja, uma massa de mais de 50.000 pessoas que estão indignadas e revoltadas com o mar de lama da corrupção que envolve diretamente políticos do Estado como o caso dos “fantasmas”.

Sem falar que a minha militância política tem base no movimento estudantil e é nele que destaco atenção especial nas propostas de mandato como a defesa de mais 1% das receitas do Estado para a UEPB, a defesa do passe livre nos transportes coletivos da região metropolitana de João Pessoa, a defesa da meia-passagem ilimitada nos ônibus intermunicipais do Estado, entre outras como a destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação.

4. Na verdade, o que é ser jovem para você? O que é ser um jovem na política?

Ser jovem para mim é ser revolucionário. É destinar toda a energia e a combatividade característica de qualquer jovem para a luta por uma sociedade sem exploração do homem pelo homem e, portanto, uma sociedade sem as mazelas que vemos no dia a dia como a miséria, a fome, o desemprego, etc. Ser jovem, portanto, é ser novo por completo, usando esse momento único na vida de um ser humano para a construção de uma sociedade nova, sem exploração do homem pelo homem, a sociedade socialista. É como diria Che: “A juventude que não cria é uma anomalia”.

5. Quais são as três principais propostas da sua candidatura?

1. Transformar a candidatura num instrumento de denúncia e de luta dos trabalhadores e da juventude contra o estado de miséria e atraso que vive o estado da Paraíba, apresentando soluções profundas para problemas profundos como o analfabetismo que atinge mais de 25% da população paraibana. É preciso encarar seriamente a questão do investimento do governo a educação. Dinheiro público para educação pública!

2. Apoiar e fortalecer as organizações de massa do povo como os sindicatos, associações comunitárias, DCEs, grêmios e entidades estudantis secundaristas, possibilitando assim, o ingresso massivo dos trabalhadores e da juventude na luta pela solução de seus problemas mais urgentes como o achatamento dos salários, a quantidade extorsiva de impostos cobrados do povo (quem ganha mais paga mais!), o descaso com a saúde pública assim como a falta de moradia que atinge mais de 139 mil famílias no estado.

3. Utilizar o mandato para contrapor o atraso político que vive o estado, denunciando e combatendo a corrupção que envolve os políticos que estão a serviço dos grandes monopólios e grupos econômicos da Paraíba que tudo fazem para empobrecer ainda mais o povo trabalhador do estado.

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