
Félix Elegeu-se vereador mais votado de Campina em 1951, pelo PL (Partido Libertador. Anos antes havia sido eleito deputado federal (1946) e deputado estadual (1947) pelo PCB. Durante a sua juventude assumiu liderança política a frente do Centro Estudantal Campinense - CEC, entidade estudantil secundarista mais antiga do Brasil.

Aos 21 anos de idade Félix Araújo colocou sua própria vida em risco, ao ingressar em 1943 voluntariamente nas fileiras da Força Expedicionária Brasileira (FEB) tomando o destino nas trincheiras da 2° guerra mundial em terras italianas para lutar contra o perigo nazifascista que assombrava o mundo na época. Em pleno campo de batalha se destacou pelos seus discursos diários que serviam para animar a tropa.
Naquele dia, 13 de julho de 1953, Félix saía do prédio da antiga Câmara Municipal de Campina Grande, que funcionava na Rua Maciel Pinheiro. Relatos dão conta de que Félix foi arrastado pra fora de um táxi por João Madeira que a força, tentou frustradamente tirar de suas mãos uma pasta contendo documentos que comprometiam o prefeito Plinio Lemos que tinha suas contas investigadas por Félix, após denúncias de corrupção feitas por este último na Câmara. Félix reagiu sacando um revólver mas não logrou êxito, sendo rendido levando um tiro que atingiu sua espinha dorsal. João Madeira fugiu e foi encontrado na casa de Plínio Lemos onde foi preso.
Após 17 dias de internação, na Casa de Saúde Dr. Fransisco Brasileiro, Félix Araújo falecia causando grande comoção a população de Campina Grande. Dá-se conta que o seu sepultamento na cidade de Campina Grande, que na época tinha 150 mil habitantes, contou com aproximadamente 100 mil pessoas, tamanha foi a comoção na cidade. Meses depois a vibração foi enorme nas ruas ao ser noticiado que o assassino João Madeira havia sido morto brutalmente pelos próprios colegas de detenção.
A investigação de sua morte não teve fim por conta de arquivamento na justiça impedindo qualquer indiciamento no caso.
Nos dias de hoje, apesar de seu nome está presente em ruas, praças e até na Câmara Municipal a sua história pouco é lembrada.
"Esta terra de bravos
Não será terra de escravos,
Nem reinado de opressão"
(Félix de Souza Araújo)
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