terça-feira, 26 de julho de 2011

A Paraíba tem história, e como tem!!

No dia de hoje foi lembrado em nosso estado a morte de João Pessoa ocorrida no ano de 1930, fato que serviu de estopim para o golpe de estado que levava Getúlio Vargas ao poder sendo lembrado o momento como "Revolução de 30".

A morte de João Pessoa não apenas serviu para o estopim do golpe como serviu para que o nome da capital paraibana, chamada até então de Pharaiba do Norte, levasse o nome de João Pessoa e a bandeira do estado mudar para as cores do vermelho lembrando a morte de João Pessoa e o preto em alusão ao luto, ainda contendo a palavra "Nego" lembrando o fato de João Pessoa ter negado apoio a chapa situacionista para a presidência da república.

Lembro este fato obviamente para lembrar a data, independente do mérito, que alguns tem levantado, sobre a justiça de nossa capital levar o nome de um político há tanto tempo.

Na verdade, em matéria divulgada no dia de hoje por uma emissora de tv fica claro que a memória dos paraibanos anda apagada. E olhe que estamos falando do nome que leva a nossa capital.

Quantos e quantos outros fatos políticos andam esquecidos na memória do nosso povo? Talvez seja por isso que se explique que tanta gente podre ainda sobreviva na política às custas da exploração dessa carência de memória popular.

Para ser mais claro, quantas e quantas famílias em nosso estado com um passado marcado de sangue continuam dominando economica e politicamente o nosso estado? Ou não foi isso que vimos nas eleições do ano passado? Filhos, netos, parentes de famílias com um passado sujo mas que, infelizmente, anda longe do conhecimento da imensa maioria da população.

Afinal, o que vemos em nossos livros de história em nossas escolas? Sem precisar ir tão longe, quem conhece a história de "Nêgo Fuba" e "Pedro Fazendeiro" ou ainda a nossa "Margarida Maria Alves". Os mandantes dos crimes onde andam? quem são afinal? Quem sabe estão mais próximos do que pensamos mas, novamente não sabemos, nunca nos contaram.

Muita história a ser contada com certeza. Amanhã por exemplo, fazem 58 anos que um grande líder político morria na cama de um hospital em Campina após atentado em plena luz do dia numa avenida bastante movimentada daquela cidade. Mas quem conhece a história de Félix Araújo? Ou ainda de João Santa Cruz, o advogado do povo, que em 47 teve uma votação espetacular sendo eleito para Assembléia Legislativa.

A nosso história é uma história de resistência, que vem dos bravos índios que habitavam essas terras naqueles anos de 1500, passa pelo quebra-quilos da época do Império, salta a resitência não muito distante de políticos, estudantes, profissionais liberais que resistiram sem titubear a famigerada Ditadura Militar dos anos 60 e chega aos dias atuais, por que não, dos movimentos sociais contra o aumento das passagens, em defesa da educação, da moradia, enfim.

Vai aqui apenas um desabafo e um pedido para quem quiser, junto com este que vos escreve, contribuir em recontar fatos que fazem parte da nossa história mas que no entanto anda esquecida, propositadamente, por quem quer ver tudo na mais tranquila "paz".

Além do desabafo um compromisso de tentar aos poucos com auxílio apenas do que tenho (relatos de antigos, matérias de jornal, não mais do que isso) contar essa história que anda esquecida por ai.

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